Hoje mais um texto da colaboradora Yumi Miyake! Espero que gostem!
Dia desses, bebendo um cafezinho acompanhado de um macaron com uma amiga, ficamos divagando sobre a origem de alguns doces franceses.
O interessante é que muitos doces tem uma pitada de influências de outros países e em outros casos, até mais curiosos, o doce se originou de um “acidente culinário”.
Veja abaixo alguns doces franceses e suas origens:
Créme brulée: Doce que existe desde o século XVII. É um creme de baunilha feito com leite, gemas e açúcar,
coberto de fina camada de açúcar mascavo queimado com maçarico pouco antes de servir.
É um doce de 3 nacionalidades: Na França Crème brûlée, Espanha crema catalana e Portugal, leite-creme”.
Macaron: Biscoito de amêndoas, cujo nome original era maccherone.
Doce bastante conhecido até hoje, foi trazido pela comitiva da italiana Catarina de Médicis, mas nessa época a delícia não possuía recheio de ganache: isso só foi acontecer no século XX, quando Pierre Desfontaines, confeiteiro da famosa Ladurée, teve a ideia de rechear os docinhos.
Mille feuilles: Um dos doces mais difíceis de se realizar com êxito, o mil folhas é um clássico criado por Jean Rouget, pâtissier do século XVII.
O que se sabe é que Rouget, ao preparar uma massa de brioches, errou na quantidade de manteiga, mas mesmo assim levou ao forno.
Para sua surpresa, a massa se transformou em uma infinidade de camadas finas e crocantes, as mil-folhas.
Depois ele acrescentou à massa um recheio de crème pátissier.
Tarte Tatin: Torta que foi resultado de um “tropeço gastronômico”, no qual, segundo a lenda, as irmãs Tatin, donas de um hotel-restaurante na Sologne, deixaram cair uma torta de maça caramelizada assim que tiraram do forno. Depois do ocorrido, serviram-na de cabeça para baixo.
(dicas de leitura sobre o assunto!):SALDANHA, Roberta Malta. Histórias, lendas e curiosidades da gastronomia. Rio de Janeiro: Senac Rio, 2011.
DONEL, Elisa. O passaporte do Gourmet: um mergulho na gastronomia francesa. Rio de Janeiro: Ediouro, 1999.
Texto: Yumi Miyake
Ilustra: crisKIMI